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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Antídoto para a verborragia

Não há outra maneira. A entrevista dá mil textos, mas o jornalista nunca pode colocar tudo que quer na matéria. Não é correto, mas me apego muito às histórias que meus entrevistados contam. Amo o que eles dizem, sofro de verborragia, me dói ter que cortar trechos interessantes dessas histórias. Recomendo a todos os jornalistas verborrágicos o meu remédio - tenha um blog, esqueça o limite de caracteres, pelo menos no seu espaço.
 
Decidi trazer um "pequeno" resumo do que Cinthya Verri me disse na matéria sobre parar de fumar, a qual já publiquei aqui.
 
Tudo o que a Cinthya me disse
 
Cínthya fumou dos 16 aos 22 anos de idade. Na época, ela era a mais nova da turma de medicina(16 anos) e também dava aulas de informática. Ela diz que começou a fumar porque o cigarro dava a sensação de emancipação. Questionada pelo pai sobre o hábito ela alegou que comprava os maços com o próprio dinheiro. “Eu gostava desse elemento transgressor que havia no cigarro”, afirma.


A vontade de parar de fumar começou a surgiu quando um grupo de amigas dela começou a dizer que fumar não tinha nada a ver com ela. Além disso, Cínthya tinha alguns problemas respiratórios: asma, tosse, sinusite e ficava resfriada mais do que todo mundo. Como se não bastasse, ela planejava praticar uma atividade física quando largasse o vício. Assim, após seis anos de vício ela decidiu que iria parar. Hoje já são 9 anos sem cigarro e uma saúde muito melhor do que ela tinha antes.

Ela conta que os primeiros meses foram um pesadelo. Segundo ela, atividades prazerosas como tomar chopp e café tornaram-se atividades difíces, já que estavam ligadas ao cigarro.

Nove anos depois, percebendo que o namorado já apresentava baqueteamento digital ela começou a fazer uma verdadeira campanha para ele parar de fumar. A campanha ganhou forças com a ajuda dos filhos do Carpinejar que faziam até desenhos para convencer o pai de abandonar o vício. “Eu falei que eu ia encher o saco dele todo dia, pois ele também me enchia o saco com o cigarro. Eu não queria ter que cuidar dele todo entubado também”

Cínthya diz que depois de quatro meses de insistência ele decidiu parar de fumar. Ela diz que a convivência dos dois melhorou bastante. Os dois ficam muito mais juntos, pois ele não precisa mais se afastar para fumar. A partir daí, ela começou a presentear o namorado com um cartão de incentivo e parabenização a cada semana sem cigarro, ilustrado por ela mesma. A ideia surgiu por causa da primeira vez que ela tentou parar de fumar. Nessa ocasião, um amigo se juntou a ela e também tentou parar de fumar. Eles trocavam presentes com dinheiro que era economizado com a compra de cigarro.

Para parar de fumar a médica diz que é preciso saber reconhecer o lado bom de ficar sem cigarro também: melhoria da saúde, não ter que se ausentar e deixar os amigos esperando para fumar, etc.

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