Fiquei indignada com a posição de Maurício de Sousa sobre uma moça que fantasiada de Magali, uma das personagens do cartunista, ganha a vida dançando nas ruas do Rio de Janeiro. Maurício considera desrespeitoso utilizar personagens dessa forma. Ele alega que os profissionais do teatro e das artes em geral estudaram anos para exercer as atividades que lhes cabem. É como se quem não tivesse a oportunidade de estudar não pudesse sequer pensar em utilizar de alguma forma o que os “artistas” por formação “podem”.
Acredito que os artistas devam realmente defender os direitos sob suas criações, mas acho desumano considerar desrespeitoso que um cidadão use personagens para se sustentar. Afinal, é preciso muita coragem para vestir a camisa, nesse caso a fantasia, e enfrentar o mundo de peito aberto. É assim, vestidos de Mickey, Mônica ou Cuca, por exemplo, que muitos brasileiros colocam comida em casa.
Tássia, a Magaly(com Y), vai além de pagar as contas do mês. A cearense saiu da terra natal, Fortaleza – Ceará, para alimentar, também, seus sonhos. Conforme disse ao Fantástico, “Eu vim em busca de realizar meu grande sonho que é gravar um cd. E fazer sucesso com minhas músicas”. Sem condições de ter se profissionalizado a moça usou a capacidade e boa vontade para aprender sozinha a tocar teclado. As coreografias que são sucesso nas ruas do Rio e na web, foram aprendidas de forma similar, através de clipes na internet.
Maurício chegou a dizer que talvez devesse orientar Tássia para se profissionalizar, mas desconfio que é isso mesmo que ela queria, né? É assim mesmo, tem gente que entende muito de alguns saberes formalmente reconhecidos e ignoram certas facetas da vida.
Declaração completa de Maurício de Sousa
E para quem não viu ainda, a talentosa Tássia - Magaly
http://www.youtube.com/watch?v=iKnG_lrtH20
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