O que vai, o que quero voltar para buscar

Arrumar a mudança. Só em BH já fiz isso umas dez vezes, mas agora será diferente. Não vou ter carreto, nem a ajuda do meu pai para levar meus cacarecos. Meu desafio será colocar tudo o que é essencial no bagageiro do  ônibus. Sim, serão 124 Km até minha velha nova cidade no Teixeira.

A primeira vez que pensei no que levar, os livros de jornalismo, regência e gramática ocuparam o número um da lista. Depois, olhei para uma caixa que guarda as minhas lembranças desses cinco anos em Belo Horizonte. Após listar esses itens, me lembrei que também vou precisar de roupas, sapatos, escova de dentes e  outras "coisinhas".

Vou levar pouco nas mãos não apenas por eu fazer minha mudança de ônibus, não preciso de tanto mesmo, pois sei que vou encontrar muito em Divinópolis. Meu moço estará lá, como em tantas outras chegadas minhas. Do lado dele, o Léo, amigo de tantas fases, com a casa e o coração abertos. Minha avó-mãe estará no sítio, esperando  visitas mais frequentes. Amigos que fiz para a vida inteira na cidade nos três anos que morei lá também se alegrarão com o meu retorno.

É, mas vou levar pouco nas mãos também porque quero (pre)encher minha bagagem em BH sempre e não só de roupas e outros objetos pessoais que não vão na mala dessa vez. Vou vir buscar momentos agradáveis, conselhos, colo e risadas dos amigos que fiz aqui.