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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Vida de gente grande

Chega um momento em que eu preciso parar, ir para o interior, pensar, esquecer dos carros que me rondam dia após dia na minha vida de pedestre e usuária do transporte coletivo, do trabalho, dos erros que me fizeram chorar.



Não há novidade nenhuma em minha tentativa de amar Belo Horizonte, confesso que ultimamente tenho até usufruído bem das coisas que a capital oferece. Não que meu sonho seja voltar para o interior, longe disso, basta ler os posts anteriores para constatar que meu sonho era morar em uma cidade maior ainda que essa.



Mais bem, não sei se nasci no lugar errado, se já devia ter nascido no meio dos edifícios e fábricas, não sei. Mas desconfio que não. Acho que o silêncio, a monotonia às vezes dizem muito mais do que esse caos que há aqui. Quando começo a pensar dessa forma é porque está mais que na hora de pegar um busão e desembarcar na minha terrinha nem que seja para não fazer absolutamente nada.

Tenho escutado a voz de Marisa Monte sem parar essa semana e o verso que não cessa é "hoje eu quero apenas uma pausa de mil compassos".

Resumo a minha atual fase de vida em uma tentativa de virar gente grande, sabe aquelas pessoas que têm um montão de coisas para fazer, planos, estudos, contas a pagar? É por esse caminho que tenho trilhado e como é difícil às vezes...

Por isso sinto tanta necessidade de voltar para minha casa. Lá posso ser a filha da Neuza, por mais que eu me desentenda com ela é bom tê-la por perto, estar com ela... E como é bom também ser a irmã do Julinho e da Mel .Ah nem falo quantas saudades tenho de ser a filha que senta no colo do pai,escuta música junto, mas que por forças do destino só conversa com ele agora via telefone e internet.

Amanhã é sexta e minha vida de gente grande não permitirá que eu vá a casa de minha mãe. Tudo bem! Já entendi que para gente grande querer não significa poder.

Um comentário:

Wander Marcos disse...

Esse post tem uma cara de quero colo!