A matéria "Um segundo endereço privilegiado" foi publicada na revista Condomínios que agora, inclusive, tornou-se Bem de Vida. O texto é um dos primeiros trabalhos meus na Virgulinas. Gostei muito de fazer, pois traz uma história muito legal. Confira:
Um segundo endereço privilegiado
Casas de veraneio na Serra do Cipó são tendência, no entanto, é preciso seguir normas para não degradar a natureza da região
Nada melhor para fugir da correria do dia-a-dia do que as cachoeiras, o ar puro e as paisagens da Serra do Cipó. Muitos gostam tanto do lugar que as áreas de camping e as pousadas tornam-se insuficientes. Então, constroem casas de fim de semana por causa dos passeios frequentes e do gosto pelo local. É o caso do comerciante lagoassantense Ive Almeida que vai ao local há mais de 30 anos. “Meus três filhos aprenderam a andar lá. Tenho uma relação afetiva com a Serra”, diz Ive. A casa dele foi construída há cinco anos. No entanto, a impressão é de que o imóvel é bem mais antigo, pois ela é a cópia de uma casa centenária e foi feita com o material da demolição de oito imóveis. Segundo o proprietário, ele optou por esse tipo de projeto porque combina bem mais com a região do que o de uma residência moderna. Ive tem mais um imóvel no norte de Minas, mas conta que a casa da Serra é a preferida. “Todos os fins de semana estou lá. Também tirei a quarta de folga para poder desfrutar das paisagens da Serra, vou de manhã e só volto na quinta”, afirma Ive.
A história do comerciante Ive reflete uma tendência. De acordo com o diretor comercial da “Cipó imóveis”, Wander Pereira, são vendidos de 16 a 20 lotes por mês. Destes, cerca de 80% são para construção de casas de campo, comprados principalmente por moradores de Belo Horizonte, Sete Lagoas e Lagoa Santa. Também é crescente número de condomínios recém-lançados na região. O metro quadrado na Serra do Cipó hoje custa em média R$100,00.
Cuidados para desfrutar da Serra
Além dos custos, é preciso seguir regras de loteamento, já que a área fica em uma Área de Preservação Ambiental (APA) no entorno do Parque Nacional da Serra do Cipó. Por exemplo, só é permitido lotes com o mínimo de mil metros quadrados, medida estabelecida pelo Instituto Chico Mendes para evitar o crescimento desordenado do local.
Para construir na região, José Carlos que comprou um terreno na Alameda das Margaridas, próximo ao restaurante Panela de Pedra, precisou obedecer várias outras normas. Como havia muitas árvores no terreno e era necessário fazer a retirada de algumas, ele teve que pagar uma indenização. José gastou R$1.200,00, mas concorda com a medida que tem como objetivo preservar a natureza.
A prefeitura de Santana do Riacho tem políticas voltadas para o crescimento sustentável do local. Toda a legislação municipal pré-existente tem sido revista e atualizada, a fim de adequá-la à atual realidade local e ao Plano Diretor, que norteia as ações de preservação. Foram criadas também leis municipais e conselhos participativos e atuantes para o turismo e meio ambiente.
O Instituto Chico Mendes diz que não se opõe ao crescimento do vetor norte e da região metropolitana. No entanto, o órgão diz que a área de preservação da Serra não pode ser transformada em uma cidade. Assim, o cumprimento das regras ambientais não é apenas uma atitude politicamente correta, mas um interesse de todos: a preservação do meio ambiente.
Dica
Site Rota Estrada Real
Uma boa dica para quem mora, tem casa ou quer visitar a Serra do Cipó é acessar o site Rota Estrada Real. Nele, estão reunidos vários serviços das cidades que passam por esse caminho, o que inclui aquelas próxima à Serra do Cipó. São divulgadas opções de restaurantes, bares, farmácias, além de promoções, novidades e informações sobre a região. Saiba mais em http://www.rotaestradareal.com.br
Um comentário:
Boa Matéria Mana!
Essas regras tem mesmo que existir para não acabar com a maravilha do lugar!
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